Resultado da pesquisa

  • A estreptococoses é uma das principais causadoras de morbidade e mortalidade na tilapicultura do Brasil e a oxitetraciclina é um dos principais antibióticos utilizado por décadas no seu tratamento. Existem estudos que determinam as diferenças na farmacocinética de oxitetraciclina em Tilápia do Nilo segundo as temperaturas de criação. Porém, não existem estudos que avaliem o impacto dessas mudanças na temperatura de criação sobre a eficácia clínica da oxitetraciclina nas doses habituais. Este estudo foi realizado para avaliar o efeito de mudanças na temperatura de criação nas taxas de mortalidade de animais portadores e de cura nas infecções por Streptococcus Agalactiae. O índice farmacocinético/farmacodinâmico (PK/PD) utilizado para a determinação de eficácia foi a área sob a curva da concentração plasmática de oxitetraciclina em função do tempo (ASC)/concentração inibitória mínima (CIM). Para estimação das taxas de animais curados, carreadores e mortos foi realizada uma simulação de Monte Carlo da ASC seguidamente do modelamento PK/PD. Foram observadas mudanças nas frequências de indivíduos mortos e de portadores estimados relacionadas com as variações na temperatura de criação. As taxas de mortalidade estimadas foram de 58% e 12% e as taxas de portadores assintomáticos foram de 11% e 19% segundo as temperaturas de criação de 25° C e 30° C, respectivamente. A probabilidade de obter a cura bacteriológica após o tratamento aumentou para os tratamentos realizados com temperatura de criação de 30° C. Pequenos incrementos na CIM determinaram grandes mudanças nas taxas de animais curados, carreadores e mortos. Isso deixa em evidencia a necessidade de incorporar no protocolo terapêutico o isolamento bacteriológico, a determinação da CIM e otimização de dose terapêutica segundo a temperatura de criação a fim de evitar falhas terapêuticas e consequentemente potencializar o desenvolvimento de resistência.

    Outubro - v. 12, No. 10, p. 131 (2018)
  • A tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) na aquicultura brasileira é responsável por 45% da produção de pescado continental, com 219,33 mil toneladas despescadas. A tilapicultura nacional é realizada com intenso manejo, expondo os peixes a situações adversas de cultivo. O objetivo do experimento foi estudar o desempenho dos alevinos de tilápia, alimentados com ração comercial e pre/probióticos. O experimento foi realizado no Laboratório de Organismos Aquáticos – LOA, que foi instalado nas Faculdades Promove de Brasília, campus Águas Claras – DF. Foram adquiridos 55 alevinos de tilápias originados da Granja Modelo Ipê. O experimento foi realizado em aquários retangulares de 40 litros, contendo filtros externos e pedras microporosas ligadas a compressores de ar. Durante todo o experimento foram acompanhados, diariamente, os parâmetros de qualidade da água: temperatura, concentração de oxigênio dissolvido OD2 (mg/L), pH e amônia (mg/L). Para a retirada da matéria orgânica dos aquários composta por fezes e restos de ração, os aquários foram sifonados e a água renovada diariamente. Os parâmetros de qualidade da água do experimento, fases 1 e 2, estiveram dentro dos limites recomendados para tilápia, exceto a amônia que apresentou concentrações altas para a espécie. As boas práticas de manejo de baixa densidade de estocagem, alta renovação de água, sistema de filtragem externa, aeração constantes e utilização da ração com pré e probióticos mantiveram os alevinos vivos, mesmo em condições experimentais e da presença bacteriana Edwardsiella tarda.

    Agosto - v. 12, No. 08, p. 133 (2018)

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