Resultado da pesquisa

  • A Urolitíase é um processo patológico que se caracteriza pela presença de cálculos ou concreções do sistema urinário, podendo acometer toda e qualquer espécie de animal. O presente estudo consiste em um relato de caso envolvendo um suíno de raça mini pig, diagnosticado com urolitíase não-obstrutiva e que fora submetido à intervenção cirúrgica para o tratamento preventivo da condição. Constam nos materiais e métodos os exames e depoimentos relacionados às etapas de tratamento do paciente, indo desde os exames laboratoriais até o período pós-operatório. Os resultados apontaram que havia a possibilidade de evolução do paciente para urolitíase obstrutiva, sendo a penectomia o procedimento cirúrgico ideal para o tratamento do suíno. As conclusões identificaram a necessidade da realização de estudos futuros quanto à urolitíase em suínos, diante de uma escassez generalizada de publicações na literatura científica nacional e internacional sobre esse fenômeno.

    Novembro - v. 16, No. 11, p. 182 (2022)
  • Objetivou-se com esse estudo caracterizar e definir o perfil socioeconômico do consumidor de carne suína e derivados no município de Irecê, Bahia, Brasil. Para isso, foram entrevistados aleatoriamente 424 moradores de diferentes bairros e estrato social do referido município no período de março a maio de 2022. Gênero, faixa etária, faixa salarial e escolaridade serviram de base para caracterização da população entrevistada, assim como o consumo ou não de carne suína e seus derivados. Os dados obtidos foram tabulados no programa Microsoft Excel® e feita a análise percentual e descritiva dos mesmos. A carne suína se apresenta como sendo a 3ª na preferência de compra de proteína de origem animal pelos participantes da pesquisa (5,7%), depois da carne bovina (46,7%) e carne de aves (44,6%) em primeiro e segundo lugares, respectivamente. A maioria dos entrevistados consomem carne suína e seus derivados (79,3%). A costela o principal corte de preferência dos consumidores (59%). 56,8% dos entrevistados não sabem responder se existe algum benefício à saúde humana pelo consumo da carne suína; embora 71,9% dos entrevistados, considere a carne suína saudável. Dos entrevistados que não consideram a carne suína saudável (28,1%), 33,8% acreditam que a carne suína transmite doenças. 84,2% dos entrevistados afirmaram consumir derivados de carne suína. A linguiça calabresa o derivado de maior preferência (71%). A falta de informação e os mitos atrelados à carne suína ainda demonstram forte relação com o consumo dessa fonte de proteína animal. Assim, é necessário a implantação de campanhas informativas visando esclarecer ao consumidor à relação da sanidade dos animais abatidos e comercializados, a qualidade de produtos e os benefícios do consumo de carne suína para alavancar o setor suinícola da cidade de Irecê-BA e região.

    Agosto - v. 16, No. 08, p. 195 (2022)
  • Os circovírus suíno (Porcine circovirus - PCV), descritos pela primeira vez na década de 70, são os menores vírus pertencentes à família Circoviridae. Atualmente, existem quatro espécies de circovírus suíno (PCV1 a PCV4), sendo PCV2 o de maior importância econômica na suinocultura por estar associado à diversas síndromes patológicas e representar uma distribuição ubíqua. Nos últimos anos, foram descobertos oito genótipos de PCV2 (2a-2h), sendo os PCV2a, PCV2b e PCV2d de maior prevalência nas granjas de suínos no mundo todo. Os fatores que contribuíram para o surgimento desses novos genótipos são desconhecidos, mas um deles está relacionado à alta taxa de mutação observada nos PCVs. As vacinas disponíveis contemplam PCV2a e PCV2b, e apesar do surgimento de novos genótipos, experimentos realizados à campo e em condições controladas, indicam proteção cruzada entre os principais genótipos de PCV2 por vacinas comerciais que utilizam como base PCV2a e PCV2b. Assim, no Brasil e em outros países produtores de suínos, as doenças relacionadas ao PCV2 estão controladas, mas o vírus apresenta uma evolução rápida sendo necessário um monitoramento constante.

    Abril - v. 16, No. 04, p. 207 (2022)
  • Neste artigo abordou-se a Peste Suína Africana (PSA), uma doença exclusiva dos suídeos, com grande importância para a suinocultura mundial. A infecção ocorre pelos carrapatos como vetores intermediários ou por contato direto via trato respiratório superior. A transmissão do vírus pode acontecer entre os vetores de forma transestadial, transovariana e sexual. As manifestações clínicas variam de acordo com a origem viral, resultando desde quadros superagudos até crônicos. Os quadros superagudos e agudos da doença são responsáveis pelas variações de maior patogenicidade e virulência, enquanto os quadros subagudo e crônico, variam de baixa a moderada e apenas baixa, respectivamente. As técnicas comumente utilizadas para identificação do vírus se dividem em dois grupos: métodos diretos, realizados a partir da identificação do vírus, tais como: imunofluorescência direta, teste de hemadsorção e PCR; e os métodos indiretos, realizados a partir da sorologia, sendo eles: imunofluorescência indireta, coloração pela imunoperoxidase e teste Elisa. Por ser uma doença para qual não há tratamento ou vacina eficaz, torna-se essencial a aplicação de métodos de prevenção e controle da disseminação da PSA, assim como a adoção e aplicação dos programas de biossegurança nas granjas, aeroportos e portos, além do abate de rebanhos infectados.

    Janeiro - v. 16, No. 01, p. 191 (2022)
  • O objetivo do presente estudo foi elaborar quatro tratamentos de hambúrguer de pernil suíno e avaliar com a participação de provadores não treinados, os parâmetros de aparência, sabor, textura, cor e aroma através da análise sensorial de aceitação por escala hedônica de nove pontos, além de examinar a intenção de compra e de indicação para cada um dos tratamentos, sendo o tratamento A controle, tratamento B com redução parcial do teor de sódio, tratamento C com a implementação de lecitina de soja e tratamento D com implementação de lecitina de soja e redução parcial do teor de sódio. Para a formulação base foi realizada uma mistura de coentro, alho, cebola, pimenta branca, ácido ascórbico, adicionada em pernil suíno e água. De acordo com o teste de Friedman, o tratamento D obteve os melhores resultados para o atributo de aparência e o sabor foi um quesito que apresentou diferença estatística significativa (p<0,05) indicando que houve um maior impacto para aceitação dos consumidores, e, além disso, maiores intenções de compra e recomendação ao produto, onde o tratamento B, juntamente com a formulação controle A, obtiveram as melhores médias para o atributo sabor. A utilização da lecitina de soja agregou além de valor ao produto, uma melhor aparência, que agradou o consumidor; porém, o atributo sabor apresentou maior relevância quanto à preferência dos consumidores.

    Novembro - v. 15, No. 11, p. 180 (2021)
  • A Peste Suína Africana é uma doença infecciosa viral que acomete porcos domésticos e javalis selvagens. É mundialmente considerada como uma das doenças mais importantes na suinocultura, em virtude do grande impacto econômico que é capaz de provocar nos plantéis. Pode ser transmitida diretamente entre os animais, ou através do carrapato vetor, e os indivíduos acometidos podem apresentar a doença de diversas formas: desde formas assintomáticas até formas graves, compreendendo um complexo mecanismo de patogenia, o que pode dificultar a detecção da doença, mesmo havendo métodos e protocolos diagnósticos. Não há tratamento ou vacina disponível, e a prevenção é a melhor forma de controlar a expansão do vírus e evitar novos casos.

    Novembro - v. 15, No. 11, p. 180 (2021)
  • A produção animal intensiva exige estratégias sanitárias que aliem efetividade e economicidade. A cadeia suinícola exibe produtividade elevada com demandas crescentes no aspecto de saúde animal. A limitação de promotores de crescimento na produção animal gerou a necessidade de substitutos a esses produtos. Os ácidos orgânicos e dos fitogênicos têm sido utilizados com este enfoque, sendo pouco explorados ou pouco conhecidos os vários outros benefícios que desenvolvem. O objetivo desta revisão é permitir que sejam conhecidos de forma plena as características pouco tratadas dos ácidos orgânicos e os fitogênicos, potenciais substitutos dos promotores de crescimento.

    Junho - v. 15, No. 06, p. 181 (2021)
  • Em âmbito nacional existem vários tipos de criação de suínos que empregam tecnologias e manejos diversificados, dependendo das condições financeiras de cada produtor. Esta diferença, evidenciada nas produções, acaba refletindo na presença de agentes infecciosos nos animais, incluindo as infecções determinadas por parasitos gastrointestinais como os helmintos e protozoários. Mediante a falta de informações e a importância sobre a temática, este estudo teve como objetivo relatar por meio de um inquérito parasitológico, a frequência de parasitos gastrointestinais detectados em fezes de suínos mantidos em uma granja localizada no município de Nova Iguaçú-RJ. Para tal, foram coletadas 200 amostras fecais de 40 baias. As amostras fecais foram processadas em pool pela técnica de sedimentação espontânea de Lutz. Em 100% das amostras foram detectadas formas evolutivas de parasitos, sendo principalmente ovos de estrongilídeos (97,5%), seguido de oocistos de coccídios (87,5%), cistos de Balantioides coli (75%) ovos larvados de Strongyloides ransomi (42,5%), ovos de Ascaris suum (25%) e Trichuris suis (7,5%), tendo sido observadas diferenças estatísticas significativas entre essas frequências. A partir do inquérito coproparasitológico realizado, foi possível identificar elevada frequência de parasitos nas amostras fecais dos animais, confirmando que a propriedade apresentava precárias condições de manejo sanitário.

    Setembro - v. 14, No. 09 , p. 132 (2020)
  • Este estudo teve como objetivos determinar a sobrevivência e o perfil de resistência a antimicrobianos de amostras de Salmonella sp. isoladas de seis sistemas de armazenamento de dejetos suínos. Determinou-se o perfil de resistência a antimicrobianos de isolados de Salmonella sp. provenientes de esterqueiras com capacidade de armazenamento de dejetos suínos por um período mínimo de 120 dias. Das 63 amostras de dejetos analisadas, isolou-se Salmonella sp. de apenas nove (14,28%), sendo identificados os sorovares Typhimurium (79,4%), Panama (11,8%) e Derby (5,9%) e um isolado (2,9%) caracterizado como S. Salmonella sp., dejeto suíno armazenado, resistência antimicrobiana. Determinou-se presença de salmonelas nos seis sistemas em pelo menos uma amostragem, sendo que o maior número de isolamentos ocorreu aos 120 dias de armazenamento. O perfil de resistência a antimicrobianos demonstrou-se variável, sendo que todas as amostras foram sensíveis a amicacina, gentamicina, amoxicilina, neomicina e ciprofloxacina. A resistência a 4 ou mais antimicrobianos esteve presente em 20,6% dos isolados. Verificou-se maior percentual de resistência após 120 dias de armazenamento no sistema e o índice de multirresitência a antimicrobianos (MAR) total foi de 0,2. O papel que o tratamento de dejetos exerce no nível de resistência de bactérias habitantes do trato gastrintestinal ainda é controverso. Enquanto alguns estudos apontam para um efeito benéfico, representado pela redução do nível de resistência das amostras durante o tratamento, outros afirmam que a passagem pelos sistemas propiciaria a troca de genes entre linhagens bacterianas resultando no aumento da multirresistência. Tal fato foi observado no presente estudo tendo em vista que índice MAR acima de 0,2 é considerado de risco, uma vez que estes microrganismos poderiam agir como reservatórios de genes de resistência para outras bactérias, inclusive aquelas em contato com a população humana. Com base nos resultados, concluiu-se que amostras de salmonelas sobrevivem após 120 dias de armazenamento do dejeto suíno, sendo observada tendência ao aumento no perfil de resistência após este período.

    Setembro - v. 14, No. 09 , p. 132 (2020)
  • O presente trabalho teve como objetivo, avaliar a adaptabilidade de fêmeas suínas de quatro raças: Duroc Jersey, Landrace, Large White, Berkshire e Mestiças (Landrace, Large White, Duroc Jersey), criadas em clima semiárido, através da obtenção dos parâmetros fisiológicos. O estudo foi conduzido no Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Ceará, (IFCE), Campus Crato-CE. Foram utilizadas oito matrizes de quatro raças diferentes, sendo estas: duas da raça Duroc, duas da raça Landrace, duas da raça Large White e duas da raça mestiça entre Landrace, Large White e Duroc, ambos com a mesma faixam etária. As temperaturas retais e vaginais foram aferidas em graus Celsius (ºC) por meio de um termômetro digital mantido em contato com a parede interna do ânus e da vagina do animal. Para aferição dos dados de temperaturas superficiais corpóreas utilizou-se um termômetro a laser. Ao avaliar os trimestres isoladamente, verifica-se que o terceiro trimestre apresentou temperaturas retais inferiores para todas as raças, durante todo o período de estudo. As matrizes suínas das quatro raças estudadas mostraram-se adaptadas às condições climáticas desfavoráveis a que estão submetidas. Os animais mestiços sobressaíram-se com o melhor sistema termorregulador demonstrado pelas médias de seus parâmetros fisiológicos.

    Junho - v. 14, No. 06, p. 135 (2020)
  • A enteropatia proliferativa suína causa enormes prejuízos à cadeia produtiva de suínos. O tratamento e prevenção é usualmente feito com antimicrobianos dos mais diversos tipos e concentrações, o que pode acabar gerando dúvida ao médico veterinário no momento de escolha do tratamento. Além do mais, o uso indiscriminado de antibióticos tem causado preocupação quanto ao surgimento de bactérias multiresistentes, havendo grande impacto na saúde pública. Mais recentemente, surgiram vacinas contra a doença. Nos estudos feitos, elas se mostraram eficazes na redução dos sinais clínicos, aumento do ganho de peso e redução do uso de antibióticos. Porém, não previnem a doença e a manifestação dos sinais clínicos. Mediante isso, o objetivo dessa revisão foi trazer um levantamento de trabalhos que testaram diversos antibióticos para tratamento e prevenção da enterite proliferativa suína, assim como mostrar alternativas que podem ser complementares ao uso de antimicrobianos.

    Outubro - v. 13, No. 10, p. 176 (2019)
  • A enteropatia proliferativa suína é uma doença endêmica em todo o globo, causa enormes prejuízos à cadeia produtiva de suínos e seu agente etiológico é a bactéria Lawsonia intracellularis. Essa bactéria possui diversos mecanismos patogênicos e, apesar de bastante estudados, muitos ainda permanecem ocultos. Pode manifestar-se de forma aguda, crônica ou subclínica. Essa última, em geral, tem importância subestimada, mas causa redução do ganho de peso médio e aumento da conversão alimentar. Os sinais clínicos podem ser muito similares aos de demais doenças entéricas, sendo necessário a realização de testes diagnósticos laboratoriais. Para escolha do teste, devem ser considerados quesitos como disponibilidade das amostras, capacidade laboratorial e estágio da infecção do animal. Mediante a isso, foi feita uma revisão de literatura acerca da doença, abrangendo seus principais aspectos patogênicos, sinais clínicos, lesões e métodos diagnósticos.

    Outubro - v. 13, No. 10, p. 176 (2019)
  • A parvovirose, erisipela e leptospirose são enfermidades que acometem suínos e possuem importância mundial. As fêmeas em idade fértil sofrem com falhas reprodutivas como abortos, retorno ao cio, aumento de mumificados e nascidos mortos, impactando diretamente nos índices produtivos da granja. Ainda, a erisipela e a leptospirose são doenças de caráter zoonótico, sendo um risco à saúde humana principalmente daqueles que possuem contato direto com animais de produção. O objetivo desse artigo de revisão foi fazer uma atualização dessas doenças, com enfoque na epidemiologia e impacto na suinocultura e saúde pública.

    Agosto - v. 13, No. 08, p. 153 (2019)
  • O aumento na deposição de gordura e da conversão alimentar durante a fase de terminação são fatores que implicam diretamente na qualidade da carne e também na rentabilidade da cadeia produtiva. Apesar disso, o abate tardio dos suínos pode resultar em benefícios para o frigorífico, pela redução dos custos operacionais por suíno abatido e melhor utilização dos equipamentos, bem como vantagens econômicas para o produtor resultantes da diluição dos custos de produção. Portanto, a suplementação de betaína na ração de suínos de linhagens com maior potencial para deposição de músculo, é uma estratégia para aumentar a deposição de tecido magro e minimizar a deposição de gordura. Em vista disso, objetivou-se com este trabalho, apresentar e discutir os mecanismos de ação, finalidades e resultados recentes de estudos na literatura sobre a suplementação desse modificador de carcaça na ração de suínos em terminação. A betaína atua principalmente como doadora de grupos metil, que aumentam a disponibilidade de metionina para a deposição proteica. Em relação ao seu efeito osmoprotetor, a betaína se acumula no interior das organelas celulares, protegendo-as contra estresses osmóticos e iônicos, o que reduz os gastos de energia para manter a homeostase, se tornando ainda mais importante durante os períodos quentes do ano.

    Março - v. 13, No. 03, p. 148 (2019)
  • O objetivo deste estudo foi avaliar os níveis de metabólitos fecais de progesterona e estradiol ao longo do ciclo estral em fêmeas suínas. Assim, amostras de fezes foram coletadas de quatro fêmeas adultas saudáveis e vazias duas vezes por semana por 75 a 200 dias, dependendo do indivíduo. Os metabólitos fecais de progesterona e estradiol foram dosados por enzimaimunensaio. A duração do ciclo estral estimada (~21 dias), bem como a duração das fases progesterônica (~12 dias) e não progesterônica (~8 dias) corroboraram com as relatadas na literatura, com diferenças entre as fases para os metabólitos fecais de progesterona. Houve uma ausência de sincronia entre os metabólitos fecais de progesterona e estradiol, relacionada com as diferenças na metabolização e excreção destes hormônios. Este estudo demonstrou a viabilidade no uso de amostras fecais para o monitoramento longitudinal do ciclo estral em suínos. Entretanto, é necessário considerar as diferenças na metabolização dos hormônios ao avaliar a interação hormonal durante o ciclo estral.

    Fevereiro - v. 13, No. 02, p. 170 (2019)
  • A carne suína sempre foi circundada de opiniões, tanto dos apreciadores, quanto das pessoas que não a consomem. A divergência entre os dois lados sempre existiu e de tempos em tempos, conforme a evolução das ideias sobre a produção animal, os parâmetros vão se modificando. A Bíblia afirma a proibição do consumo da carne suína por considerar o suíno um animal impuro. Milhares de anos depois, na era feudal, comer carne suína era sinônimo de riqueza. No entanto, atualmente mitos são criados sobre a carne suína baseados em situações antigas que não se aplicam ao sistema de criação atual. Antes era um suíno do tipo banha e atualmente é do tipo carne, além disso, grande parte da população ainda apresenta o pensamento estereotipado sobre “comer carne suína faz mal e é perigosa a saúde” e “a carne suína tem muita gordura e colesterol”. De modo que, esses mitos estão sendo desmistificados aos poucos, devido ao aumento da exigência do mercado consumidor, havendo um aumento de tecnologias dentro das granjas produtoras de suínos com o melhoramento genético em conjunto com estratégias de manejo sanitário, ambiental e nutricional adequados. A qualidade da carne oferecida hoje é superior a que era oferecida há 30 anos, sendo um resultado positivo, que pode auxiliar na promoção da carne suína diante baixo consumo pelos brasileiros. Sendo assim, é necessário demonstrar a mudanças das criações, melhorar o marketing para que o pensamento seja modificado e a carne suína seja aceita.

    Dezembro - v. 12, No. 12, p. 136 (2018)
  • Cisticercose é uma zoonose de amplo impacto tanto para a saúde animal quanto para a saúde pública. Caracteriza-se pela presença da larva da Taenia solium ou da Taenia saginata, cujos hospedeiros intermediários são suínos e bovinos, respectivamente. O homem é o hospedeiro definitivo, por alojar a forma adulta do verme, que é a principal fonte de infecção. Em nosso país, a cisticercose na saúde humana e animal gera consequências econômicas, dado o desconhecimento epidemiológico da incidência da zoonose. Por isso faz-se necessário e oportuno medidas de controle do complexo teníase-cisticercose, focando parâmetros preliminares de higiene na inspeção sanitária da carne. Dentre outros parâmetros a serem implementados no controle da enfermidade, reprovação de carcaças é uma das principais perdas econômicas em consequência da doença. Objetivou-se, com essa revisão, discorrer acerca da cisticercose e seu impacto na produção de carne bovina e suína no Brasil.

    Dezembro - v. 12, No. 12, p. 136 (2018)
  • A carne suína está entre as mais antigas formas de alimentação humana, sendo a carne mais consumida no mundo. O Brasil é o 4° maior produtor e exportador da carne suína no mundo. O principal objetivo de granjas suinícolas industriais é a produção de carcaças com maior teor de carne magra. A redução da espessura de toucinho e da gordura corporal, mais a ampliação da produção de massa magra melhoraram a qualidade da carcaça. O peso vivo de suínos é influenciado pela espessura de toucinho, fazendo com que haja necessidade de encontrar uma relação que explique o comportamento dessas métricas. Para avaliar a relação da espessura do toucinho e o peso vivo dos suínos foi utilizados os modelos lineares generalizados. Os animais foram pesados em balança eletrônica, modelo ID-M 300/4. Para determinação da espessura de toucinho, foram efetuadas mensurações por meio de ultrassonografia pelo equipamento modo A (Lean Meater Renco Model®), a 6 cm lateralmente à espinha dorsal, entre a penúltima e última costela tomando como resultado a média das avaliações obtidas nos dois lados. Observou-se que para suínos da raça Duroc o modelo linear generalizado com distribuição Gaussiana foi o mais adequado, já para os suínos da raça Piau o mais adequado foi o modelo com distribuição Gamma. Através do modelo uma previsão para espessura de toucinho de um suíno da raça Piau com peso de 100 quilos é em média de 43,31 mm, enquanto que para suínos da raça Duroc esta previsão é de 28,74 mm.

    Junho - v. 12, No. 06, p. 131 (2018)
  • O presente trabalho tem por objetivo apresentar dados coletados em 11 propriedades que abastecem um frigorífico de Santa Catarina. Foram analisados 2.691 suínos abatidos no ano de 2016 sobre as principais causas de condenações de vísceras vermelhas ou comestíveis em abates. Foram identificadas as seguintes causas por condenações de carcaças: pneumonia enzoótica 52,08%, aspiração por sangue 20,28%, aspiração por líquido 17,01%, aderência de pleura 3,04%, atelectasia pulmonar 0,89%, enfisema pulmonar 0,18%, abscesso pulmonar 0,26%, pleuropneumonia 2,52%, lesão por Ascaris suum 16,05%, perihepatite 1,89%, cirrose hepática 3,04% e pericardite 6,91%. As principais condenações foram por pneumonia enzoótica, aspiração por sangue, lesão por Ascaris suum e pericardite. Durante a inspeção as lesões podem ser provenientes de diferentes fatores, entre eles, falhas no processo tecnológico de abate, ausência de um programa de vacinação e erros de biossegurança nas propriedades, associado com o manejo precário. Diante disso, a redução da prevalência das lesões que culminam em condenação das carcaças pode ser minimizada com o treinamento de funcionários para minimizar as perdas econômicas na indústria e para os produtores de suínos juntamente com um rigoroso controle sanitário nas granjas.

    Junho - v. 12, No. 06, p. 131 (2018)
  • A proteína é o componente que mais interfere no crescimento animal, influenciando parâmetros como o ganho de peso, o consumo diário de ração e a conversão alimentar. Este componente orgânico esta constituído por unidades polimerizadas de aminoácidos, que são classificados em aminoácidos essenciais e não essenciais. Os aminoácidos de cadeia ramificada (leucina, valina e isoleucina) fazem parte do grupo dos aminoácidos essenciais caracterizados por sua estrutura de cadeias laterais ramificadas, são oxidados como combustível principalmente pelos tecidos muscular, adiposo, renal e encefálico, tendo a capacidade de influenciar diretamente a síntese de proteína, além de possuir um efeito sinérgico com a insulina para estimular a captação de glicose pelas células. Estas características interessam aos nutricionistas que tem como objetivo otimizar dietas para suínos que permitam atender os requerimentos nutricionais dos animais, melhorando os parâmetros produtivos e evitando excessos de ingredientes nas dietas para diminuir a poluição ambiental. O objetivo desta revisão é facilitar o conhecimento e importância dos aminoácidos de cadeia ramificada na nutrição de suínos.

    Novembro - v. 11, No. 11, p. 1074-1187 (2017)

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