Resultado da pesquisa

  • A leishmaniose é uma zoonose causada por um protozoário do reino Protista do gênero Leishmania. É um problema de saúde pública com prognóstico desfavorável para animais contaminados. A cidade de Unaí – MG no noroeste mineiro é considerada uma área endêmica da enfermidade, com grande casuística em animais e humanos. Foi atendido um cão com queixa de prolapso retal; porém, após investigação clínica averiguou-se a presença de seborreia, lesões em ponta de orelha, descamação de pele, crescimento exacerbado das unhas, e presença de úlcera perilabial, foi realizado exame direto nas úlceras que demonstrou a presença de formas amastigotas de Leishmania sp. e o animal foi eutanasiado.

    Fevereiro - v. 17, No. 02, p. 113 (2023)
  • O objetivo desse trabalho foi apresentar um caso de urolitíase em um cão da raça Pug de nove anos e onze meses, pesando nove quilos, com histórico anterior de urolitíase. Ao exame físico, o animal apresentava apatia e dor a palpação abdominal. No exame ultrassonográfico, não foi possível identificar a presença de urólitos no trato urinário. O animal foi submetido ao tratamento cirúrgico, sendo a cistostomia mais indicada para esse tipo de caso. A cistostomia consiste em uma incisão na vesícula urinária para remover os urólitos, que podem ser compostos por vários minerais e tamanho variados. No pós-operatório foi indicado a alteração da dieta para que diminuísse as chances de novas recidivas, já que uma dieta inadequada é um dos fatores de formação de urólitos quando já se tem uma certa predisposição.

    Fevereiro - v. 17, No. 02, p. 113 (2023)
  • A Síndrome da Ansiedade de Separação (SAS) em cães tem sido um dos distúrbios mais recorrentes pós-pandemia do Covid 19, apresentando como sinais clínicos comportamento destrutivos, vocalização excessiva, urinar e defecar em locais inadequados, vômitos, ansiedade, frustração, pânico, medo, tédio, agressividade. O tratamento normalmente inclui enriquecimento ambiental, treinamento, medicação alopática com antidepressivos, ansiolíticos e tratamentos integrativos como o Plactiplantibacillus plantarum PS128, o fitoterápico Ashwagandha, homeopatia e acupuntura. Apresentamos o relato de um caso clínico de um cão macho, fox paulistinha que apresentou ansiedade de separação após retorno dos tutores às atividades pós isolamento causado pela pandemia de covid-19. O cão também apresentava convulsões a cada 3-4 meses e doença periodontal grau 3-4. Após repertorização instituiu-se tratamento Arsenicum album 30 CH SID por 30 dias para a ansiedade de separação; para a doença periodontal Mercurius solubilis 6CH TID, por 30 dias, e para as crises convulsivas Cicuta virosa 200 CH uma vez por semana, até novas orientações. Após retorno de 30, 60, 90 e 120 dias observou-se melhora importante no comportamento de ansiedade, como também espaçamento das crises convulsivas. Os medicamentos homeopáticos instituídos neste caso clínico demonstraram efetividade para o tratamento dos distúrbios comportamentais, bem como dos sinais físicos presentes.

    Janeiro - v. 17, No. 01, p. 95 (2023)
  • Bidens pilosa é uma planta anual em regiões de clima tropical, herbácea de caule ereta e quadrangular, com porte entre 20 e 150 cm, ramosa, glabra, folhas opostas e fendidas, flores radiais com cálice modificado. Na literatura científica é conhecida como Bidens pilosa L. (Asteraceae), pois possui atividade antioxidante, anti-inflamatória e antitumoral. O objetivo deste trabalho é relatar as propriedades medicinais dos extratos da Bidens pilosa. Durante a pesquisa foram revisados diversos artigos e publicações com abordagem analítica, por meio de procedimentos comparativos, com uso de técnicas como exames e uso de medicamentos, para avaliar sua ação sobre células tumorais e outras enfermidades. A presente revisão permitiu concluir que a atividade biológica da Bidens pilosa, diante de suas propriedades medicinais e fitoterápicas, pode trazer novas perspectivas no melhoramento e desenvolvimento de fármacos antioxidantes, anti-inflamatórios e antineoplásicos.

    Janeiro - v. 17, No. 01, p. 95 (2023)
  • A ceratoconjuntivite seca, também conhecida como olho seco, é uma doença de rotina clínica na oftalmologia veterinária; é caracterizada pela diminuição da parte aquosa do filme lacrimal e por complicações da saúde ocular devido ao ressecamento da córnea. A ceratoconjuntivite seca é uma afecção sem cura, mas existem tratamentos de acordo com o quadro, que pode ser agudo, intermediário ou crônico. O diagnóstico precoce com tratamento adequado colabora para um prognóstico favorável. O presente estudo relata um caso de ceratoconjuntivite seca em cão da raça Pug, macho, três anos, que apresentava secreção mucopurulenta bilateral e opacidade da córnea. No exame ocular, foram observadas hiperpigmentação da córnea e opacidade corneal bilateral, cílios ectópicos bilaterais, sem a presença de prurido, incômodo ou deficiência visual. Para o diagnóstico, foi utilizado o teste com colírio a base de fluoresceína para avaliar a integridade do epitélio córneo-conjuntival, a tonometria, exame que avalia a pressão intraocular, e o teste de Schirmer bilateral, que tem como objetivo avaliar a produção lacrimal. Após os resultados, o cão foi diagnosticado com ceratoconjuntivite seca e melanose corneal. Como tratamento, foi instituída terapia tópica com pomada de tacrolimus a 0,04%, aplicada sobre as pálpebras uma vez ao dia por 6 meses. Foi observada uma resposta significativa na produção lagrimal e a melanose foi estabilizada e reduzida com o tratamento tópico, não sendo necessária intervenção cirúrgica.

    Novembro - v. 16, No. 11, p. 182 (2022)
  • É comum na rotina clínica atender pacientes que sofreram traumas cujo tratamento instituído sejam procedimentos cirúrgicos; sendo eles uma fonte eminente de dor. As técnicas de anestesia local são comumente empregadas no período transoperatório, sendo uma delas o bloqueio do plexo braquial, que dessensibiliza o membro torácico, possibilitando a realização de procedimentos cirúrgicos, com melhor analgesia e conforto para o paciente. O objetivo do relato é apresentar o caso de um canino, com fratura no membro torácico direito em região de rádio e ulna. O procedimento cirúrgico realizado foi uma osteossíntese de rádio e ulna, com o bloqueio anestésico do plexo braquial subescapular, utilizando a bupivacaína, pela abordagem clássica, guiada por estimulador de nervos periféricos. Durante o período transoperatório, o animal manteve-se estável, demonstrando assim, que o bloqueio do plexo braquial é uma alternativa eficiente para uma boa analgesia.

    Dezembro - v. 16, No. 12, p. 133 (2022)
  • A perda da capacidade de abdução da laringe de forma unilateral ou bilateral durante a inspiração de origem adquirida ou congênita é definida como paralisia de laringe. Essa patogenia está normalmente associada a cães de meia idade, a idosos, machos e de grande porte. A ocorrência de paralisia de laringe secundária a intubação em cães é pouco comum, diferente do que ocorre em humanos. O presente trabalho teve como objetivo relatar o caso de um cão da raça Pug, macho, castrado, de oito anos de idade, atendido no Hospital Veterinário da Universidade Federal do Paraná. O paciente em questão foi submetido a procedimento cirúrgico sob intubação, e retornou ao hospital em torno de 30 dias depois, em atendimento de emergência devido à angústia respiratória e queixa de afonia e roncos mais intensos e frequentes com início uma semana após a intubação. Após estabilização do quadro na internação, o animal foi submetido a laringoscopia sob anestesia ambulatorial leve para avaliação de vias aéreas superiores, durante a qual foi possível constatar prolongamento de palato mole, eversão de sacos laríngeos, processos cuneiformes das aritenoides colapsando em direção ao lúmen laríngeo durante a inspiração, colapso laríngeo grau 2 e paralisia de laringe unilateral esquerda. Após estabilização, o cão recebeu alta da internação para tratamento de hemoparasitose previamente à rinoplastia e estafilectomia. Duas semanas após a alta, paciente retornou ao hospital em crise respiratória severa, sendo necessária realização de traqueostomia temporária e monitoramento em unidade de terapia intensiva para estabilização do quadro. Três dias depois após estabilização, foi então submetido a estafilectomia, rinoplastia e saculectomia, sendo constatado novamente o quadro de colapso de laringe de segundo grau e paralisia laríngea unilateral esquerda. Após dois dias internado para cuidados pós-operatórios, o tubo de traqueostomia temporária foi retirado e recebeu alta sob orientações de tratamento clínico e manejo. Uma semana após o retorno, o animal em questão veio a óbito em casa após um quadro de êmese seguido por angústia respiratória relatada pelo tutor. Suspeita-se que tenha ocorrido um quadro de broncoaspiração, sendo tal complicação bastante frequente nos casos de paralisia de laringe.

    Novembro - v. 16, No. 11, p. 182 (2022)
  • Um cão da raça Spitz de quatro anos de idade após retornar do banho e tosa apresentou inquietação e dor quando a tutora encostava nele. Foi observado então uma lesão ampla e profunda por queimadura em região do dorso, sendo um paciente com Alopecia X já tratado. Foi utilizado apenas terapia com fotobiomodulação, sendo duas sessões semanais necessárias para reduzir a inflamação e estimular crescimento folicular. Com isso, após 15 dias o paciente já estava totalmente controlado e com pelos em crescimento, sem a utilização de medicação tópica e sistêmica.

    Outubro - v. 16, No. 10, p. 223 (2022)
  • O plasmocitoma extramedular é uma neoplasia considerada benigna, com baixa probabilidade de metástase, onde sua composição é quase que exclusivamente formada por células plasmáticas. Nos cães se localiza principalmente na pele, na cavidade oral e no trato digestivo. O seu diagnóstico conclusivo se da por meio de exame histopatológico. Este trabalho relata um caso de um macho com cinco anos de idade, sem raça definida, que desenvolveu uma massa ulcerada, de consistência firme, coloração vermelha, na região rostral da mandíbula, medindo cerca de dois centímetros e meio de diâmetro, envolvendo os dentes incisivos inferiores e incisivos adjacentes, onde já havia deslocamento das peças dentárias. O tratamento realizado foi o procedimento cirúrgico, mandibulectomia rostral bilateral. A retirada apresentou margem de segurança, não sendo necessário uso de quimioterapia. O acompanhamento foi solicitado a cada seis meses.

    Agosto - v. 16, No. 08, p. 195 (2022)
  • Intoxicações por drogas recreativas como, Cannabis sativa, comumente conhecida como maconha, estão cada vez mais presentes nas clínicas de atendimento veterinário. O cão vem sendo a espécie animal mais acometida. A Cannabis sativa contém mais de 500 compostos clínicos diferentes e mais de 80 canabinoides conhecidos. Destes, o delta-9 tetrahidrocanabinol (THC) é o mais psicoativo e é responsável pela maioria dos sintomas de intoxicação. Os sinais clínicos de intoxicação por maconha nos cães surgem de 30-60 minutos após a exposição, sendo necessário a atuação do Médico veterinário.

    Agosto - v. 16, No. 08, p. 195 (2022)
  • A esporotricose é uma micose subcutânea contagiosa causada por fungos dimórficos do complexo Sporothrix schenckii, que acomete diversos animais domésticos, inclusive o homem, sendo Sporothrix brasiliensis a principal espécie responsável por epizootias em diferentes estados brasileiros. Na espécie canina, a esporotricose ainda é considerada incomum. Dessa forma, o presente trabalho tem por objetivo relatar um caso de esporotricose canina, em um cão da raça Rotweiller, de dois anos de idade, apresentando lesões ulceradas em tórax e ponte nasal, além de lesões nodulares em tórax. O diagnóstico foi confirmado pelo exame histopatológico com coloração especial (PAS) e o tratamento preconizado foi itraconazol na dose de 5 mg/kg, uma vez ao dia, por três meses, com remissão completa das lesões.

    Setembro - v. 16, No. 09, p. 197 (2022)
  • O papiloma é uma neoplasia comumente benigna de etiologia viral, com aspecto de couve-flor, frequentemente encontrada na espécie canina. Pode apresentar na forma cutânea, oral ou ocular, sendo a última menos comum entre os animais. O diagnóstico clínico é comumente empregado pelas suas características morfológicas comuns. No entanto, o diagnóstico definitivo dá-se por meio do exame histopatológico e imuno-histoquímica. Na maioria das vezes, os papilomas regridem espontaneamente. No entanto, em alguns casos são persistentes e necessitam de tratamento. O objetivo desse trabalho é relatar um caso clínico de um cão com papilomavírus em conjuntiva bulbar da terceira pálpebra. Nesse caso as diferentes técnicas de tratamento, a associação das terapias de conjuntivectomia, auto-hemoterapia e estimulação da imunidade do animal, culminaram em uma boa resposta do paciente e até seis meses de acompanhamento, não foi observado recidiva da neoplasia no cão.

    Julho - v. 16, No. 07, p. 186 (2022)
  • O pâncreas é uma glândula mista com funções endócrinas e exócrinas, responsável pela digestão de carboidratos, gorduras e proteínas através de enzimas e controle glicêmico, via hormônios insulina e glucagon. A insuficiência pancreática exócrina (IPE) é uma doença que acontece por deficiência na produção de enzimas digestivas. Em cães se manifesta quando há redução de 90% da produção de lipase devido a perda progressiva e irreversível do tecido acinar, resultando em uma má digestão e absorção. O presente trabalho tem por objetivo relatar um caso de IPE em um canino, ressaltando os sinais clínicos, métodos de diagnóstico e terapia instituída. Foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade Vila Velha um canino, macho, SRD de um ano e meio com histórico de emagrecimento progressivo há um mês, coprofagia, esteatorreia, aumento de volume fecal e frequência de defecação. Como principal diagnóstico diferencial suspeitou-se de IPE e para tanto foi realizada a dosagem de imunorreatividade semelhante a tripsina canina (cTLI) e dosagem sérica de cobalamina. Os resultados foram consistentes com a suspeita inicial de IPE, pois evidenciaram baixa dosagem de cTLI e cobalamina. O tratamento instituído foi com pancreatina em pó cinco gramas em cada refeição e aplicação de Vitamina B12 por via subcutânea. O paciente apresentou boa resposta ao tratamento com ganho de peso, normorexia e normoquesia. Conclui-se que os sinais clínicos juntamente com a dosagem de cTLI foram fundamentais para obtenção do diagnóstico definitivo e a terapia instituída foi eficaz para a remissão dos sinais clínicos.

    Junho - v. 16, No. 06, p. 180 (2022)
  • A fratura/luxação lombossacra é uma afecção traumática da coluna vertebral relativamente comum em cães e que apresenta certa peculiaridade em sua conformação, pois na maioria das vezes há fratura oblíqua do corpo vertebral de L7 e deslocamento cranioventral da porção fraturada de L7 e sacro, o que leva à comprometimento das raízes da cauda equina e, portanto, alterações neurológicas como dor, paresia e incontinência urinária/fecal. O objetivo deste trabalho foi avaliar em cães com esta afecção, atendidos em um Hospital Veterinário da Universidade Estadual de Londrina entre 2014 e 2020, os sinais clínicos/neurológicos, complicações e resultados da estabilização cirúrgica com pinos de Schanz inseridos no pedículo e corpo vertebral de L7 e sacro associados ao polimetilmetacrilato (PMMA). Foram atendidos sete cães sem raça definida, seis fêmeas e um macho, em média 31 horas após a ocorrência do trauma. A idade dos pacientes variou de 11 meses a 7 anos e a média de peso foi de 8,56 kg. Dos sete cães, seis apresentaram fratura de corpo vertebral de L7, ocasionada por atropelamento e um apresentou subluxação entre L7-S1, decorrente de queda de sofá. O diagnóstico foi realizado com base nos achados do exame neurológico e radiografia simples. Os sinais clínicos mais frequentes foram agressividade devido a dor intensa na região lombossacra, paraparesia/ausência de propriocepção nos membros pélvicos, esfíncter anal relaxado e ausência de movimento da cauda/flacidez. Além da lesão vertebral, foram observadas lesões concomitantes em 71,43% dos pacientes, tais como fratura de pelve, fêmur, costela e contusão pulmonar, o que levou à realização da cirurgia em média 5,29 dias após o trauma. Em três casos, além da cirurgia de estabilização, foi realizada a laminectomia lombossacra para descompressão e inspeção das raízes nervosas. Logo após a cirurgia houve melhora significativa da dor e a média de tempo para os animais voltarem a caminhar foi de 2,7 dias. Os cuidados pós-operatórios incluíram analgesia, realização da massagem vesical pelo menos quatro vezes ao dia, troca de decúbito em intervalos regulares, limpeza dos pontos e higiene perianal por conta de assaduras provenientes da incontinência fecal. As principais sequelas foram incontinência urinária e fecal em 57,14% dos animais, seguida de claudicação dos membros pélvicos em 28,57%. A técnica cirúrgica utilizada foi eficaz para a estabilização vertebral, mas as lesões das raízes nervosas do nervo pudendo e cauda podem ser irreversíveis levando a sequelas principalmente do controle vesical, especialmente nos casos nos quais a cirurgia não foi realizada precocemente.

    Maio - v. 16, No. 05, p. 188 (2022)
  • A dermatite atópica canina é uma doença alérgica pruriginosa, sendo considerada a principal dermatopatia crônica entre os cães. Os cuidados são para o resto da vida do animal e se não tratada adequadamente pode causar sofrimento para o cão e, até mesmo, para o tutor. Dessa forma, é de extrema importância que o médico veterinário tenha conhecimento das alternativas terapêuticas disponíveis, bem como os malefícios e benefícios que o medicamento pode proporcionar. Para isso, realizou-se um estudo descritivo analítico através de pesquisa bibliográfica indexada utilizando-se plataformas digitais de acesso como Periódicos Capes, PubMed, Science Direct, Scielo, Biblioteca Virtual em Saúde-MS e PubMed Central elaborando uma revisão de literatura sobre fatores desencadeantes, os sinais clínicos e os principais tratamentos da dermatite atópica em cães. Como resultados pode-se inferir que o tratamento não depende apenas de um medicamento e varia para cada fase da doença e para cada animal, além disso também pode ser influenciado pela condição financeira do tutor.

    Maio - v. 16, No. 05, p. 188 (2022)
  • A poliradiculoneurite idiopática aguda em cães é uma afecção imunomediada relativamente comum de polineuropatia que acomete principalmente os ramos ventrais dos nervos espinhais. Os principais sintomas são normalmente associados a tetraplegia flácida, geralmente sem a perda de sensibilidade ou dor profunda. O tratamento visa apresentar a reabilitação total dos sinais clínicos na grande maioria dos casos através do tratamento medicamentoso e fisioterápico. O diagnóstico diferencial é de suma importância para o tratamento e prevenção para que a enfermidade não retorne. Os principais são botulismo e miastenia gravis, mas podem ser incluídos também a Toxoplasma gondii e Neospora caninum. O objetivo do presente trabalho foi relatar um caso de polirradiculoneurite idiopática aguda em um cão de 3 anos encaminhado ao Instituto de Reabilitação Animal sem histórico de traumas ou possível intoxicação. Os resultados foram obtidos após diagnóstico clínico e terapêutico, e instituído o tratamento medicamentoso e fisiátrico, tendo melhora no quadro em aproximadamente quatro semanas e meia com recuperação total, sem sequelas.

    Junho - v. 16, No. 06, p. 180 (2022)
  • A doença do ligamento cruzado cranial associada ou não a outras afeções é uma das causas mais comuns de claudicação e dor no joelho de cães. Nesse estudo, foi realizado uma análise retrospectiva de 15 casos atendidos na rotina do Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo que foram encaminhados para a realização de procedimento cirúrgico como tratamento e correção da afecção no período de janeiro de 2015 a agosto de 2018. Os animais foram submetidos a técnica de Hulse modificada, a qual utiliza um retalho de fáscia lata para a reconstrução do ligamento cruzado cranial. Conclui-se que com a técnica de Hulse modificada foi possível intervir cirurgicamente cães de pequeno e grande porte, apresentando bom retorno funcional dos membros.

    Maio - v. 16, No. 05, p. 188 (2022)
  • O hemoparasita Erlichia canis, uma bactéria Gram negativa da ordem Rickettsiales e ao gênero Erlichia spp., é um parasita intracelular obrigatório com tropismo por leucócitos mononucleados. Transmitida através da inoculação feita pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus. Ao adentrar os leucócitos aos quais tem tropismo a bactéria forma agrupamentos chamados mórulas. A doença possui três fases, aguda, subclínica e crônica. No estudo foram utilizadas amostras de sangue total ou soro sanguíneo de 127 cães, coletados por venopunção das veias radiais e jugular. Após a análise foi possível observar que as alterações mais comumente encontradas foi a eosinopenia (48,41%), trombocitopenia (75%) e anemia não regenerativa (50%) sendo classificada morfologicamente em sua maioria como normocítica hipocrômica. Concluindo que os achados hematológicos predominantes, mesmo que inespecíficos e individuais de cada animal, foram os citados acima.

    Abril - v. 16, No. 04, p. 207 (2022)
  • A parada cardiorrespiratória é uma consequência multifatorial que na medicina veterinária carece de atenção com bastante estudo e aprimoramento, para que quando ocorrer o profissional esteja apto a diagnosticar e intervir com rapidez, beneficiando a vida do paciente. Atualmente, há várias referências de estudos sobre o tema, mas esse tema ainda precisa ser difundido na área com mais frequência e fazer com que o profissional não tome condutas diferentes, pois as pesquisas atuais sobre as manobras de reanimação cérebro cadiorrespiratória salvam vidas.

    Abril - v. 16, No. 04, p. 207 (2022)
  • A luxação de patela medial é uma afecção resultante de deformidades ósseas congênitas que a longo prazo pode resultar na ruptura do ligamento cruzado cranial. Essas enfermidades ortopédicas são responsáveis por grande parte das claudicações de membro pélvico dos cães e doença articular degenerativa. Claudicação e dor na articulação são as principais manifestações clínicas, sendo o diagnóstico confirmado por meio do exame ortopédico para as duas afecções. O tratamento simultâneo destas é um desafio para o cirurgião. Este estudo relata a associação de substituição do sulco troclear por prótese com osteotomia de nivelamento do platô modificada, para tratamento simultâneo de luxação de patela medial grau III e ruptura do ligamento cruzado cranial em cão.

    Fevereiro - v. 16, No. 02, p. 183 (2022)

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