Resultado da pesquisa

  • A implementação de práticas de produção animal pautadas no bem-estar tem assumido um papel importante no mercado de produtos de origem animal, pois proporcionam alimentos de qualidade e tratam os animais de maneira digna. Diante disso, esse short paper objetivou discutir os aspectos relacionados a elaboração e instalação dos princípios de bem-estar animal e seu impacto na qualidade dos produtos e comércio ético e competitivo.

     

    Bem-estar animal no século XXI - v. 16, Edição especial, No. 01., p. 102 (2022)
  • A Salmonelose é uma enfermidade de grande importância mundial em Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs). No Brasil, a Salmonella spp. é o segundo maior agente causador de doença envolvida nos surtos de DTAs, sendo a espécie entérica a que mais acomete os seres humanos através do consumo de água e alimentos contaminados. Após a ingestão do alimento contaminado pela bactéria, esta faz adesão, invasão, se replica e provoca danos no hospedeiro. O indivíduo acometido pode ser tratado com uso de antibióticos caso apresente febre entérica, porém nos casos de gastroenterite o uso não é indicado. Dessa forma, a prevenção da salmonelose é de grande relevância, pois nem todos os casos há sintomatologia ou notificação. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura e abordar as informações sobre as formas de transmissão, sintomatologia apresentada pelos indivíduos acometidos, os alimentos envolvidos, a patogenicidade, medidas profiláticas e a importância na saúde pública, da Salmonella spp., visto que é de grande importância o conhecimento dos surtos para que assim, sejam adotadas medidas de monitoramento e controle da doença.

    Outubro - v. 14, No. 10, p. 148 (2020)
  • As bactérias do gênero Salmonella são patógenos causadores da salmonelose em humanos, uma infecção alimentar provocada pelo consumo de alimentos contaminados pela bactéria, isto pode ocorrer pela ausência de práticas de higiene no processo de produção do leite, refrigeração inexistente ou feita incorretamente, ausência de processos térmicos ou feito de forma inadequada, mão de obra desqualificada além disso podem estar presentes em superfícies mal higienizadas que entram em contato com o alimento. Como estas situações são comumente encontradas em pequenas e médias propriedades rurais, objetivou-se nessa pesquisa analisar a presença de Salmonella spp. em queijo tipo Mussarela sob diferentes tipos de processamento, comercializados no varejo da região metropolitana de Belo Horizonte, além de avaliar a influência da tecnologia de fabricação na identidade e qualidade do queijo em questão, como forma de garantir a saúde e o bem-estar da população humana potencialmente consumidora.

    Setembro - v. 14, No. 09 , p. 132 (2020)
  • Com a necessidade de entender o comportamento dos consumidores, o presente estudo foi realizado com o objetivo de caracterizar o perfil do consumidor de carne suína do município de Olho d’água no estado da Paraíba. Foram aplicados 91 questionários semiestruturados, durante os meses de setembro à novembro de 2019. As perguntas permitiram verificar aspectos inerentes ao perfil do consumidor, tais como sexo, idade, escolaridade, carne preferida para consumo, consumo de carne suína, motivo de não consumir, consumo de produtos cárneos feitos com carne suína, frequência de consumo, preferência dos cortes suínos, se o entrevistado acha que a carne suína traz benefícios à saúde e se a propaganda exerce influência na compra da carne suína. Dos consumidores entrevistados, 56% eram do sexo masculino e 44% do sexo feminino com renda mensal variando entre 260,00 e 500,00 reais (53%). A maioria dos entrevistados apresentou faixa etária entre 18 e 30 anos (38%) e com o ensino fundamental incompleto (43%). A carne suína apresentou menor preferência de compra (10%), apesar de 57% dos entrevistados afirmarem que a consomem principalmente nos finais de semana (45%). O não consumo dessa carne por 43% dos entrevistados ocorre por acharem que é uma carne gordurosa (51%), por questões sanitárias (29%), por não gostarem do sabor (12%) e por acharem que é um produto caro (9%). O consumo de produtos cárneos elaborados com carne suína é regular, 43% dos entrevistados consomem presunto ou apresuntado, 32% consomem salsicha e mortadela, 15% consomem linguiça e, em menores proporções, 7% consomem bacon e 1% consomem o salame. Em relação aos principais cortes suínos, 52% dos entrevistados preferem a costela, seguida da bisteca (20%). Dos entrevistados 53% afirmaram que não traz benefícios e 47% que existem benefício nessa carne. Apenas 24% dos entrevistados acreditam que a propaganda exerce influência na compra da carne suína. O consumo de carne suína ainda é pequeno quando comparada as demais carnes. Um dos fatores que impede esse consumo são os costumes regionais. Sugerem-se campanhas de aumento de consumo da carne suína baseadas em preços baixos, esclarecimentos sobre as qualidades nutricionais e sanitárias, oferecimentos de cortes diferenciados e novas formas de preparo.

    Junho - v. 14, No. 06, p. 135 (2020)
  • O desempenho dos animais de uma criação está intimamente relacionado com o programa nutricional desenvolvido na propriedade. As definições das características dos animais e dos alimentos que estarão envolvidos no programa nutricional são de fundamental importância, tornando possível formular uma ração que atenda as necessidades nutricionais dos animais e que otimize a utilização dos alimentos. Desta forma, o objetivo desta revisão é abordar os princípios básicos que devem ser considerados para a formulação de uma ração e apresentar, de forma didática, exemplos de formulação de ração que podem ser realizados manualmente ou com o auxílio de uma calculadora.

    Setembro - v. 13, No. 09, p. 130 (2019)
  • O objetivo desse trabalho foi avaliar a influência do reuso da cama de frango sobre a condenação de carcaças de frangos em dois abatedouros sob inspeção federal, no Estado de São Paulo, que obtêm aves de granjas com protocolos de reuso de cama diferentes. O Brasil é um grande produtor e exportador de carne de frango e há muitas perdas na cadeia produtiva, o que poderia resultar em uma maior produtividade se não fossem os problemas nesse processo. O manejo da cama de frangos é importante para a qualidade final das carcaças e está associada a grande parte das patologias encontradas nas aves, como a colibacilose. O abatedouro “A” abate aves provenientes de granjas que utilizam a cama por no máximo seis vezes, já o abatedouro “B” utiliza mais de seis vezes a mesma cama, ambos utilizam a cama após sua reviragem e fermentação. A condenação por essa patologia foi nula no abatedouro cujo reuso é limitado, enquanto no abatedouro “B” foi de 0,06%, demonstrando uma relação entre o número de vezes de utilização da cama e a patologia em estudo. Assim, conclui-se que o manejo da cama de frango pode ser o responsável pelas perdas de carcaças por colibacilose na indústria aviária.

    Agosto - v. 13, No. 08, p. 153 (2019)
  • A carne de pescado é a fonte proteica de origem animal mais consumida no mundo. Na região Norte o consumo é cerca de 135 kg per capita/ano. A farinha de peixe, mesmo sendo pouco conhecida e utilizada em todo o território brasileiro, vem sendo aos poucos descoberta pelos nutricionistas e seguidores de alimentação saudável. Este trabalho tem como objetivo avaliar as características físico-químicas e microbiológicas de uma farinha proteica desenvolvida a partir de Tambaqui (C. macropomum). Nesse sentido, foram realizadas as determinações para proteínas, lipídios, cinzas, umidade, carboidratos e valor calórico. Todas as análises foram feitas em triplicata. As proteínas foram determinadas pelo método de Kjeldahl, através da digestão, destilação e titulação da amostra para determinação de nitrogênio total. Para extração dos lipídios foram pesados aproximadamente 10 g de cada amostra e determinados pelo método de Bligh e Dyer (1959). O resíduo mineral fixo ou cinzas foram determinados por calcinação da amostra. Os carboidratos foram determinados por diferença. Com base nos dados laboratoriais e observação dos resultados obtidos verificou-se que a farinha de peixe de Tambaqui analisada aponta proteína de 70%, gorduras de 5,5%, cinzas de 3,9%, umidade de 7,8%, carboidratos de 12,8% e totalizando 380,7 kcal. Nas análises microbiológicas, todas as amostras avaliadas foram negativas tanto para Staphylococcus coagulase positivas, quanto para Salmonella sp., tornando o produto próprio para o consumo humano. Por fim, a partir da farinha foi possível manter as propriedades nutricionais do peixe Tambaqui (C. macropomum), sendo uma importante alternativa para o seu uso.

    Agosto - v. 13, No. 08, p. 153 (2019)
  • . As Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) são síndromes constituídas de anorexia, náuseas, vômitos e/ou diarreia, acompanhadas ou não de febre, porém não se limitam a sintomas digestivos, podendo ocorrer manifestações extraintestinais. São atribuídas à ingestão de alimentos ou água contaminados, podendo ser causadas por agentes físicos, químicos ou biológicos, sendo este último grupo representado pelos parasitas, vírus e, em especial, as bactérias, que podem atuar diretamente sob o organismo do indivíduo ou através da produção de toxinas. A ocorrência de DTA é um grave problema em saúde pública, uma vez que estas apresentam um impacto significativamente negativo tanto no contexto social, em decorrência das vítimas que sofrem seus agravos, quanto no econômico, onde grandes perdas são geradas nos ramos da indústria, comércio e turismo. Apesar disso, para muitas pessoas este é um assunto tratado de forma irrelevante ou até mesmo para alguns ainda desconhecido, o que se torna um agravante deste problema. O objetivo deste estudo é fazer uma revisão apresentando o panorama das DTA no Brasil, os aspectos gerais relacionados a estas doenças e as principais bactérias envolvidas em surtos no país.

    Outubro - v. 12, No. 10, p. 131 (2018)
  • O crescimento contínuo da indústria de alimentos resulta em uma grande quantidade de resíduos provindos dos frigoríficos de abate animais. O processamento dessa carne resulta em uma enorme quantidade de resíduos. A quantidade de resíduos produzidos além de ser uma grande perda de coprodutos com amplo potencial para reuso na cadeia produtiva, também causam sérios problemas de gestão, tanto do ponto de vista econômico como ambiental. Um dos resíduos gerados são as farinhas de origem animal (FOA), ingrediente rico em proteína, minerais e fonte energia em para rações de animais monogástricos. O uso de enzimas se torna uma estratégia interessante, pois podem tornar as FOA em ingrediente de maior valor nutricional. A suplementação enzimática beneficia a digestão e a absorção dos ingredientes, e sua adição em farinhas de origem animal pode melhorar a qualidade nutricional das rações e, consequentemente, o desempenho dos frangos. Esta revisão apresenta uma discussão sobre as enzimas uteis para nutrição de animais, principalmente as proteases utilizadas na hidrolise de resíduos proteicos, como as FOA.

    Agosto - v. 12, No. 08, p. 133 (2018)
  • O presente trabalho avaliou a composição físico-química e microbiológica de filés congelados de peixes regionais utilizados no cardápio das escolas da rede pública estadual de ensino. Foram analisadas 10 amostras de filés congelados referente às espécies Dourada (Brachyplatystoma rousseauxii), Mapará (Hypohythalmus spp.), Pirarara (Phractocephalus hemioliopterus), Piranambú (Pinirampus pirinampus) e Tucunaré (Cichla spp.) obtidas no depósito da gerência de distribuição de merenda escolar da secretaria estadual de educação do Amazonas. Foram realizadas análises de umidade, proteínas, lipídios, cinzas e valor calórico, além de análises microbiológicas: coliformes totais e termotolerantes, Staphylococcus coagulase positiva, e presença/ausência de Escherichia coli e Salmonella spp. em 25g de alimento. Os resultados microbiológicos encontrados foram comparados com os padrões microbiológicos para pescado e produtos de pescado que constam na legislação brasileira. Os filés avaliados evidenciaram bons aspectos nutricionais e microbiológicos, encontrando-se dentro dos parâmetros exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), estando aptos para o consumo da comunidade estudantil.

    Maio - v. 12, No. 05, p. 172 (2018)
  • Objetivou-se avaliar o desempenho e rendimento de carcaça de frangos alimentados com resíduo de cervejaria. Para isso, foram utilizados 240 pintainhos de um dia, da linhagem Pescoço Pelado durante 75 dias. Os animais foram alojados em 16 boxes, nas medidas de 1,75m X 2,5m cada, divididos em sete pintainhos por box, e submetidos a quatro tratamentos com rações níveis de inclusão de resíduo de cervejaria; sendo os níveis de inclusão de resíduo de cervejaria: 0; 1,75; 3,5 e 5,25%, e complementada por núcleo comercial para a espécie. Considerando o ciclo completo de criação, 1 a 75 dias, não foi observado diferença no peso vivo final dos frangos. Porém, os frangos alimentados com 5,25 % de inclusão de resíduo de cervejaria apresentaram maior consumo de ração e pior conversão alimentar. Em relação aos parâmetros de rendimento ao abate analisados, ou seja, rendimento de carcaça, porcentagem de vísceras comestíveis e valores de carcaça mais vísceras comestíveis não foram observadas diferenças. O Resíduo de cervejaria pode ser utilizado em substituição ao farelo de soja com a mesma eficiência, porem se a ração for desenvolvida de acordo com a fase em que as aves se encontram, a inclusão de 3,5% de Resíduo de cervejaria resultara em animais com o mesmo peso, consumo total de ração e conversão alimentar iguais aos alimentados com farelo de soja, porem o custo com a ração será menor.

    Dezembro - v. 11, No. 12, p. 1188-1297 (2017)
  • O caranguejo-uçá Ucides cordatus é um dos crustáceos com maior importância econômica no Brasil, sendo fonte de renda e trabalho às comunidades que vivem de sua pesca. Seu consumo é um dos atrativos da culinária do Nordeste do país, proporcionando sustentação a bares e restaurantes temáticos bastante apreciados pelos turistas. Os caranguejos não vendidos pelos pescadores ou pelos comerciantes são processados artesanalmente para extração da carne ou massa de caranguejo. Este trabalho teve como propósito diagnosticar a situação socioeconômica dos trabalhadores envolvidos nesta atividade, bem como as condições higiênico-sanitárias de processamento, manipulação e acondicionamento da carne de caranguejo em locais chamados de “quebradeiras”, verificando-se os parâmetros microbiológicos do produto. Foram avaliados oito locais de beneficiamento de carne de caranguejo, por meio de observações visuais, registros fotográficos, aplicação de questionário e entrevista semiestruturada. Amostras de carne de cada local foram coletadas para análise microbiológica (Coliformes termo tolerantes, Salmonella sp., estafilococo). Os resultados demonstraram um padrão semelhante de infraestrutura e práticas para o beneficiamento da carne nos diferentes locais. Foi constatado um baixo nível de escolaridade dos quebradores, baixa renda familiar e pouco conhecimento sobre contaminação e boas práticas na manipulação de alimentos. Ainda assim, os resultados microbiológicos das amostras de carne de caranguejo demonstraram um padrão sanitário satisfatório.

    Junho - v. 11, No. 06, p. 538-645 (2017)
  • Micotoxinas são substâncias tóxicas produzidas pelo metabolismo secundário de fungos filamentosos e capazes de desencadear uma série de problemas relacionados à produção agropecuária e à saúde pública. Por este motivo, o monitoramento destes agentes tóxicos é extremamente necessário, devendo-se levar em consideração para realização de tal atividade a diversidade das amostras que serão colhidas, os tipos distintos de micotoxinas, bem como a distribuição não uniforme destes contaminantes. A escolha adequada dos pontos de amostragem, bem como do uso de uma metodologia eficaz que considere os possíveis interferentes e contemple os níveis de detecção esperados também são fatores indispensáveis para o sucesso e confiabilidade das análises realizadas. Em adição, com o intuito de atender às exigências da atual legislação brasileira para micotoxinas, vários alimentos deverão ser analisados, para isso, o conhecimento de procedimentos para colheita de amostras e análises laboratoriais são de fundamental importância tanto para pequenos produtores quanto para indústria de alimentos. Considerando que a aplicação adequada destas metodologias não apenas pode aumentar a produção agrícola e sua consequente lucratividade, como também propiciar a segurança alimentar dos diversos produtos brasileiros destinados às dietas humanas e/ou animais, esta revisão visa descrever as principais metodologias existentes no Brasil para colheita de amostras e análise de micotoxinas, assim como abordar os principais métodos analíticos existentes para detecção e quantificação destes contaminantes

    Março - v. 11, No. 03, p. 207-312 (2017)
  • Consideradas zoonoses de grande impacto à Saúde Pública e causas de enormes prejuízos econômicos, a teníase e a cisticercose são duas doenças parasitárias distintas causadas por platelmintos do gênero Taenia. A teníase é adquirida pela ingestão de carne crua ou mal passada de suínos e bovinos contaminada respectivamente pelo Cysticercus cellulosae e Cysticercus bovis, formas larvárias de platelmintos das espécies Taenia solium e Taenia saginata. A cisticercose, adquirida pela ingestão de ovos de Taenia, pode se manifestar nos suínos e bovinos, representando um importante problema econômico pela condenação de carcaças, enquanto que a cisticercose humana, provocada pela ingestão de ovos de Taenia solium, é um grande problema de Saúde Pública. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão bibliográfica sobre o complexo teníase-cisticercose, destacando formas de transmissão, quadro clínico, possibilidades diagnósticas e medidas preventivas e ovos de cisticerco.

    Fevereiro - v. 11, No. 02, p. 103-206 (2017)
  • Flushing é a denominação dada à prática nutricional de suplementação às fêmeas nos períodos que precedem a estação de monta e algumas semanas após, visando à melhora nas taxas de ovulação e diminuição das perdas embrionárias. O presente trabalho teve como objetivo desenvolver uma revisão de literatura sobre as fontes de energia oriundas de carboidratos e lipídios no flushing de ovelhas, através da utilização de alimentos como o milho, polpa cítrica, caroço de algodão e grão de soja.

    Mai. 4 - v. 6, No. 19, p. Art. 1375-1380 (2012)
  • A ovinocultura é uma atividade relevante em vários continentes, adaptando-se a uma grande variedade de climas. O Nordeste brasileiro é a região com o maior rebanho ovino do Brasil, porém a maior parte dos animais não tem padrão de raça definido e é criado extensivamente e sem práticas apropriadas de manejo alimentar, sanitário e reprodutivo. Além disto, a fartura de forragem nos quatro a cinco meses da estação úmida contrasta com a carência de alimento de qualidade no pasto durante a estação quente e seca, que se estende por sete a oito meses do ano e constitui um obstáculo para a viabilidade da pecuária na região. As plantas forrageiras nativas da caatinga são essenciais para a ovinocultura do Nordeste, pois são adaptadas aos rigores climáticos da região e participam da dieta dos animais a pasto durante todo o ano. Porém, há possibilidade de coletar e armazenar parte dessa forragem no período de vegetação plena, para oferecimento aos animais na época de escassez alimentar, na forma de feno ou silagem. A jurema preta é uma leguminosa lenhosa da caatinga que apresenta grande resistência à seca, é uma das primeiras espécies a colonizar áreas degradadas, e suas ramas finas e sementes são consumidas frescas ou naturalmente fenadas quando amadurecem e caem ao solo no período de estiagem, fornecendo um alimento apreciado pelos ruminantes. A palma é uma cactácea forrageira adaptada às condições quente e seca do Nordeste do Brasil, suportando longos períodos de estiagem devido à sua fisiologia caracterizada por um processo fotossintético que resulta em grande economia de água. Apresenta elevada digestibilidade e baixo teor de fibra, apesar do inconveniente dos baixos teores de matéria seca e proteína. Pode ser utilizada, também, na forma de farelo, o que facilita o seu armazenamento e mistura na ração. Diante do exposto, é necessário estudos do potencial destes alimentos alternativos na alimentação de ovinos, com o objetivo de melhorar e tornar sustentável o sistema de produção da ovinocultura e da pecuária da região Nordeste do Brasil.

    Mar. 3 - v. 6, No. 10, p. Art. 1319-1324 (2012)
  • A produção animal em agrossistemas sustentáveis tem crescido nos últimos anos, principalmente pelas questões ecológicas, que envolvem a redução dos danos ambientais e a maior demanda do consumidor final por produtos livres de possíveis resíduos químicos. Nas questões que envolvem a segurança alimentar, a produção animal orgânica e agroecológica dos monogástricos encontram maiores dificuldades do que a dos ruminantes principalmente nas questões relacionadas com a alimentação diferenciada destes animais, pois os ruminantes tem grande parte de suas exigências nutricionais supridas pelas pastagens, enquanto que os monogástricos tem como principais ingredientes de suas rações o milho e a soja. Na maioria das vezes, para a produção de soja ou de milho são utilizadas sementes transgênicas e também uma grande carga de agroquímicos é aplicada. Além disso, as fontes energéticas e/ou proteicas produzidas de forma orgânica são insuficientes para a produção animal de forma não convencional. Para isso se buscam fontes alternativas de alimentos, que possam ser utilizada principalmente para suínos e aves, e que sejam produzidos de forma não convencional e sem comprometimento no desenvolvimento destes animais e que sejam viáveis economicamente. Desta forma, este trabalho tem como objetivo revisar os principais produtos alternativos utilizados para aves e suínos em sistemas não convencionais de produção.

    Ago. - v. 10, No. 08, p. 580-635 (2016)
  • O surimi é carne de pescado, submetida a lavagens sucessivas, onde se eliminam gordura, sangue, substâncias odoríferas e proteínas solúveis em água, resultando em pasta branca, sem odor e sabor característicos de peixe, permitindo melhor aproveitamento do pescado e dos resíduos gerados pelo processamento. Entretanto, sua estabilidade durante o congelamento depende do uso de crioprotetores, que conferem menor perda de umidade durante a estocagem e no descongelamento. Testaram-se três formulações com misturas de três compostos crioprotetores para avaliar o que proporciona maior estabilidade ao surimi de matrinxã. A carne mecanicamente separada (CMS) foi submetida a três ciclos de lavagem em água gelada (0 a 5oC) e de pH ajustado para 7,0 (0,5% de bicarbonato de sódio), a fim de retirar as proteínas sarcoplasmáticas, lipídios e pigmentos heme. Para retirada do excesso de água, a CMS lavada foi submetida à pressão em prensa hidráulica. A capacidade de retenção de água (CRA) foi maior para o tratamento 3 (6% de sacarose, 6% de sorbitol e 0,5% de tripolifosfato), com 90,04%, indicando maior estabilidade do surimi de matrinxã sob congelamento. A SDS-PAGE revelou que a miosina de cadeia pesada foi muito mais suscetível à hidrólise do que a actina, sendo mais propensa à degradação proteolítica do que outras proteínas como actina, troponina e tropomiosina.

    Abr. - v. 10, No. 04, p. 271-355 (2016)
  • Atualmente o enfoque da nutrição e produção de ruminantes e não-ruminantes baseia-se na procura de novos alimentos; existe uma grande gama de resíduos nos países tropicais, sendo que a utilização destes é crescente, uma vez que técnicos e produtores procuram a diminuição de custos com a alimentação. A mandioca, além de produzir mais de cinqüenta produtos para uso humano, tais como vários alimentos, produtos de higiene, tintas, cola, entre outros, ainda fornece os seus resíduos culturais (folhas e caule), e seus subprodutos ou resíduos industriais (casquinha, farinha de varredura e massa de fecularia) que podem ser usadas na alimentação de ruminantes. A disponibilidade de resíduos é grande em um país que tem a maior produção mundial de mandioca e em um estado que tem a maior produtividade deste país. 

    Nov. 1 - v. 4, No. 37, p. Art. 956-961 (2010)
  • O objetivo dessa revisão é abordar a sincronização entre proteína e energia, por meio do estudo de fatores relacionados com a ingestão de matéria seca, digestibilidade, eficiência microbiana, uso de uréia protegida, quantidade mínima e máxima de nitrogênio não protéico para síntese de proteína microbiana, nitrogênio perdido na urina através da uréia, otimização do uso de carboidratos não fibrosos, taxa de degradação dos carboidratos, processamento dos alimentos e nível de concentrado na dieta de ruminantes para produção de carne e leite. O aumento na eficiência microbiana permite aumento na disponibilidade de proteína microbiana para ser absorvida no intestino, suprindo, assim, as exigências de produção dos animais. A digestão dos ruminantes envolve constante atividade simbiótica dos microrganismos ruminais com hospedeiro, que são altamente susceptíveis às alterações do meio, afetando não só a extensão da degradação dos componentes dos alimentos, mas também as quantidades e proporções dos produtos resultantes da ação destes. O conhecimento das frações de proteína e carboidratos é de suma importância para a sincronização proteína/energia na alimentação dos ruminantes, gerando resultados satisfatórios no desempenho e eficiência produtiva animal, avanços na formulação das dietas, a predição do desempenho animal e o planejamento e controle do sistema de produção.

     

    Maio 4 - v. 4, No. 20, p. Art. 844-849 (2010)

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